Enquanto o estado teve 6,0 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande apresentou uma taxa 2,9 vezes maior
Com 17,2 casos por 100 mil habitantes, Campo Grande é a segunda capital com maior taxa de hepatite A do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde referentes a 2024. No mês do Julho Amarelo, a pasta divulgou o boletim epidemiológico “Hepatites Virais 2025”
Outros casos – O boletim também apresentou dados sobre hepatite B, em que Campo Grande ficou em 17º lugar entre as capitais, com taxa de 4,4 casos por 100 mil habitantes.
Em relação à hepatite C, Campo Grande ocupou a 9ª posição no ranking de capitais em 2024, com incidência de 12,4 casos por 100 mil habitantes. Nesse ranking, 12 capitais registraram taxas superiores à média nacional de 9,1 casos por 100 mil habitantes: Porto Alegre (58,2), Rio Branco (31,5), São Paulo (29,4), Porto Velho (27,2), Florianópolis (25,2), Curitiba (22,9), Salvador (14,5), Goiânia (13,5), Campo Grande (12,4), Rio de Janeiro (10,6), Recife (10,5) e Boa Vista (10,0).
Sintomas e transmissão –
Hepatite A
Transmissão: via fecal-oral, por ingestão de alimentos ou água contaminados, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal, contato pessoal próximo e contato sexual com pessoas infectadas.
Sintomas: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escura, fezes claras, pele e olhos amarelados.
Prevenção: existe vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Faz parte do calendário infantil, com dose única aos 15 meses, podendo ser aplicada a partir dos 12 meses até 5 anos incompletos.
Hepatite B
Transmissão: relações sexuais sem preservativo; compartilhamento de objetos pessoais como lâminas de barbear, escovas de dentes, materiais de manicure e pedicure; uso de drogas (cachimbos, canudos, seringas) sem esterilização; tatuagens e piercings com materiais não esterilizados; transmissão vertical (da mãe para o bebê durante a gestação ou parto).
Sintomas: na maioria dos casos, não apresenta sintomas.
Prevenção: vacinação em três doses (0, 1 e 6 meses), disponível no SUS para todas as idades.
Hepatite C
Transmissão: contato com sangue contaminado por meio do compartilhamento de agulhas, seringas e objetos perfurocortantes sem esterilização (materiais de manicure, tatuagem, piercings, equipamentos odontológicos e objetos para uso de drogas). Também pode ocorrer por relações sexuais sem preservativo e transmissão vertical, embora essas formas sejam menos comuns.
Sintomas: na maioria dos casos, não apresenta sintomas.
Fonte: Campograndenews