Mato Grosso do Sul concentra, até o momento, o maior número de casos confirmados no país
Durante a inauguração do Hospital Regional de Dourados, na manhã deste sábado (20), o secretário da SAES (Secretaria de Atenção Especializada à Saúde), Mozart Júlio Tabosa Sales, informou que o Ministério da Saúde acompanha de forma contínua os casos da chamada “gripe K”, registrados no Brasil por meio de uma central de monitoramento que envolve a Fiocruz e a Secretaria de Vigilância em Saúde.
Mato Grosso do Sul concentra, até o momento, o maior número de casos confirmados no país. O secretário comentou sobre a circulação do subclado K da Influenza A (H3N2) no Estado, e destacou que a vigilância está estruturada desde os primeiros registros e envolve acompanhamento laboratorial e hospitalar.
“Existe uma central de monitoramento junto com a Fiocruz e com a própria Secretaria de Vigilância da Saúde, comandada pela médica Mariângela Simões, que é altamente experiente e qualificada. Ela já foi vice-diretora mundial da OMS, retornou ao Brasil e acompanha nossa equipe na área de vigilância”, afirmou Sales.
O secretário ressaltou ainda que o tema já foi discutido com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que é infectologista, e que as ações fazem parte de um protocolo nacional de resposta.
“As medidas já estão sendo tomadas na área de vigilância, que é o primeiro processo, inclusive com hospitais sentinela e estrutura de acompanhamento do desenvolvimento dessa doença viral. As ações serão anunciadas pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento em conjunto com estados e municípios, mas o acompanhamento desse problema de saúde já está sob domínio do ministério”, completou.
Conforme já divulgado pelo Campo Grande News, Mato Grosso do Sul confirmou três casos do subclado K da Influenza A (H3N2), todos sem histórico de viagem internacional, contato com viajantes ou deslocamento para outros estados. De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), não há registro de casos importados no Estado.
As amostras foram identificadas em pacientes residentes em Campo Grande, Nioaque e Ponta Porã, com idades de cinco meses, 73 anos e 77 anos. Dois pacientes são do sexo feminino e um do sexo masculino. Todos já estão recuperados e nenhum permanece hospitalizado. Apenas um deles apresentava comorbidades, como hipertensão e diabetes, e houve um caso de evolução para síndrome respiratória aguda grave, com necessidade de internação.
A SES esclareceu que o subclado K não se trata de um vírus novo, mas de uma variação genética da Influenza A (H3N2), que já circula regularmente. A identificação da variante só é possível por meio de sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial.
Apesar de o Brasil ter registrado apenas quatro casos até o momento, três em MS e um no Pará, este último associado a viagem internacional, a gripe K motivou alertas da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) e da OMS (Organização Mundial da Saúde) devido ao aumento de casos e internações por gripe no hemisfério norte, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá.
O Ministério da Saúde reforça que não há evidências de que a variante esteja associada a maior gravidade, mas chama atenção para a circulação mais intensa e antecipada do vírus, o que contribui para o aumento das internações.
A vacinação contra a Influenza, ofertada anualmente pelo SUS, segue como a principal estratégia de prevenção contra casos graves, complicações e óbitos, inclusive em relação ao subclado K. Os grupos prioritários permanecem os mesmos definidos na campanha nacional de imunização.
Os sintomas são semelhantes aos da gripe comum, como febre, dor no corpo, tosse e cansaço. A orientação é procurar atendimento médico diante de sinais de agravamento, como falta de ar e piora rápida do quadro clínico.
Fonte: Campograndenews


