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quinta-feira, 25 de abril, 2024
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Colheita na pandemia não tem mais fila de caminhões, nem roda de tereré

Campograndenews

Produtores mudam protocolos para caminhões que entram buscar grãos dentro das fazendas

A pandemia da covid-19 mudou até mesmo a forma de escoamento da safra neste ano no Estado.  O grosso da colheita da safrinha, por exemplo que deve somar 8,2 milhões de toneladas em Mato Grosso do Sul, deve intensificar a partir desta semana. Mas nada será como antes.

Desde a entrada dos caminhões nas fazendas para buscar os grãos na lavoura, até a troca de notas na balança, tudo tem que seguir medidas de biossegurança. O distanciamento nas fazendas acabou até mesmo com o maior meio de confraternização do produtor rural que era a roda de tereré. Normalmente quando os caminhoneiros chegavam nas propriedades era na roda do tereré que a conversa rolava solta.

A realidade hoje é outra explica o presidente da Associação dos Produtores de Soja de MS, André Dobashi. “Acabaram as filas de caminhões, os veículos entram um a um para buscar os grãos, os trabalhadores usam equipamentos de proteção e ainda a assepsia com uso de álcool gel até para pegar s notas é constante.

“Assim como outros setores a agricultura não pode parar. Estamos tomando medidas porque sempre é grande o fluxo de caminhões que entravam nas lavouras para buscar os grãos. Formavam filas. Isso tudo foi modificado neste momento”, explica.

Ele diz que para que os caminhões entram nas propriedades para pegar a soja ou o milho os protocolos são bem determinados. “Temos organização da chegada dos caminhoneiros na propriedade. Faz uma fila para que cada um entre de uma vez”, enfatizou.

Pouca prosa – Outro ponto de proteção é a questão de falar com mínimo possível com as pessoas. “Os caminhoneiros são atendidos na cabine por funcionários com EPIs para não terem que descer. Uma única pessoa entrega e busca as notas. São paramentados com máscara. Tudo é pulverizado os documentos que serão fornecidos. Nos postos de pesagem o motorista não tem mais que descer para pegar a nota na balança. Todos ficam distanciados. Entrega a nota pela janela e não tem nenhum contato”, afirmou.

O objetivo, segundo o presidente da Aprosoja é evitar contaminações. “Sabemos que todo trabalho no campo já é mais isolado, mas em época de safrinha precisamos ampliar a segurança com a covid. Temos ainda preservado os colaboradores mais velhos que tem maior risco, ou aqueles que tem comorbidades para que não tenha contato com gente de fora”.

Um outro hábito que também sumiu nas fazendas era a tradicional roda de tereré. “O tereré era uma cortesia entre os produtores, uma forma de confraternizar, agora também não em mais para evitar a contaminação. São novos tempos”, conclui.