O Ministério da Educação (MEC) destaca os cinco projetos mais curtidos no aplicativo Clique Escola até o mês de julho. A plataforma gratuita aproxima escolas públicas de suas comunidades e valoriza práticas pedagógicas que promovem inovação, inclusão e colaboração.
Para o coordenador-geral de Formação de Gestores e Técnicos da Educação Básica do MEC, Roberto Junior, essa é uma oportunidade de destacar toda a criatividade que existe nas redes públicas de ensino. “Esses projetos mostram o quanto a escola pública é potente, criativa e comprometida com o aprendizado. O Clique Escola é uma vitrine dessas ações e de todo o esforço coletivo por uma educação de qualidade”, afirma.
As iniciativas selecionadas foram as mais votadas em suas regiões até 31 de julho e mostram como professores, estudantes e diretores escolares desenvolvem experiências educativas criativas e transformadoras.
Região Sul – O projeto Leitura Viajante, da Escola Básica Municipal Vila Real, em Chapecó (SC), leva histórias produzidas por alunos do 1º ano para dentro dos ônibus da cidade. Textos inspirados no conto da Dona Baratinha são fixados nos veículos, com QR Code para acesso completo. A iniciativa foi viabilizada em parceria com uma empresa de transporte público da cidade e emocionou os próprios estudantes ao verem seus textos circulando pelas ruas de Chapecó.
“Queríamos mostrar para a comunidade que as nossas crianças estavam alfabetizadas. Entrei em contato com uma empresa de autoviação e concordaram em colocar os QR Codes nos ônibus. Recebemos elogios de passageiros que nos conheciam e puderam ler os textos das crianças”, relata a diretora Rosenilda Dias.
- Projeto Movimento de Educação Transformadora e Antirracista (Meta), da Escola Classe 18 do Gama (DF)
Região Centro-Oeste – A Escola Classe 18 do Gama, no Distrito Federal, desenvolve o projeto Movimento de Educação Transformadora e Antirracista (Meta), que inclui a história e as culturas afro-brasileiras e indígenas nos projetos pedagógicos, conforme as Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08. A proposta integra literatura, arte e letramento racial, valorizando identidades e promovendo diversidade.
Para Thiago Paz, diretor da escola e um dos idealizadores do projeto, “dado o envolvimento da comunidade escolar nesse processo, são ofertadas formações tanto para os profissionais da escola quanto para os membros da comunidade. Nessa perspectiva, o ambiente escolar desempenha um papel crucial na formação dos estudantes, introduzindo-os à cidadania e proporcionando aprendizados sobre diversidade dentro das culturas afro-indígenas e como isso está diretamente ligado à nossa história”.
Região Nordeste – Com a Sorveteria da Matemática, a Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil Professor Raimundo Severino Andrade, em Belém do Brejo do Cruz (PB), mostra que aprender pode ser divertido.
- Projeto Sorveteria da Matemática, da Escola Professor Raimundo Severino Andrade, em Belém do Brejo do Cruz (PB)
Para montar seus próprios sorvetes, alunos do 1º ano resolvem operações de adição e subtração, unindo ludicidade e raciocínio lógico. A iniciativa estimula o protagonismo das crianças e fortalece o aprendizado por meio do jogo e da cooperação.
Região Norte – O projeto Botinho Arteiro da Leitura, da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Infantil Nossa Senhora do Carmo, em Cametá (PA), incentiva a leitura e fortalece vínculos entre escola, família e comunidade. A ação promove rodas de leitura, atividades ao ar livre e a criação de cantinhos de livros nas casas, usando o boto, símbolo do folclore amazônico, como inspiração para a construção de narrativas e do gosto pela leitura.
Cláudia Sena, diretora da escola, afirma que o projeto busca despertar o encantamento das crianças pela leitura. “O boto, figura emblemática do folclore amazônico, e a leitura, ferramenta poderosa de transformação social, se juntam pela melhoria do ensino e aprendizagem dos nossos estudantes”, declarou.
Região Sudeste – A Feira da Matemática, da Escola Municipal Maria da Penha de Oliveira, em Rio das Ostras (RJ), transforma a escola em espaço de aprendizagem coletiva. Alunos, professores e familiares participam de jogos matemáticos criados pelos próprios estudantes, mostrando que a matemática pode ser divertida e colaborativa.
“Buscamos trabalhar com metodologia ativa, ou seja, de forma que os alunos produzissem os materiais a partir das orientações dos professores. O trabalho foi todo incentivado para que o aluno entendesse como a matemática existe ao nosso redor, no dia a dia”, afirma a diretora Priscila Brum.
Os cinco projetos são uma amostra da potência criativa presente nas escolas públicas do Brasil. Cada iniciativa revela como a educação pode ser transformadora quando construída com afeto, participação e compromisso coletivo. O aplicativo Clique Escola é um convite para que mais escolas compartilhem suas experiências, envolvam suas comunidades e reforcem o protagonismo de alunos e educadores. A cada curtida, mais que um gesto de apoio, afirma-se o trabalho em uma educação pública viva, inclusiva e inovadora.
Novas iniciativas serão divulgadas mensalmente pelo MEC. Diretores podem publicar seus projetos no aplicativo e mobilizar a comunidade para curtir e compartilhar.
Saiba mais e participe pelo aplicativo Clique Escola.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)
Fonte: Ministério da Educação