Elefanta de 44 anos atravessa Mato Grosso do Sul após ser libertada de cativeiro

Fotos: Reprodução das Redes Sociais

Há quatro dias, Kenya deixou o Ecoparque Mendonza, em Buenos Aires, onde vivia em cativeiro há mais de quarenta anos.

Pela segunda vez em menos de três meses, Mato Grosso do Sul recebe a ilustre visita de uma elefanta. Em abril deste ano, a gigante Pupy cruzou o Estado após deixar a Argentina rumo ao seu novo lar no Brasil: o Santuário de Elefantes, localizado na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Agora, é a vez de Kenya, parceira de Pupy, percorrer o mesmo trajeto e ganhar vida nova em solo brasileiro.

Depois de uma longa jornada, ela será a segunda elefanta africana a se juntar à manada na Chapada. Há quatro dias, Kenya deixou o Ecoparque Mendonza, em Buenos Aires, onde vivia em cativeiro há mais de quarenta anos.

Após breve passagem pelo Paraná, a fêmea entrou em Mato Grosso do Sul na noite desta segunda-feira (7) e segue atravessando o Estado até chegar ao Santuário na chapada mato-grossense.

Assim como Pupy, Kenya é transportada em um contêiner com câmera de monitoramento. Vans, um caminhão e escolta da PRF (Polícia Rodoviária Federal) compõem a caravana que acompanha o animal, além de uma equipe de biólogos e veterinários brasileiros e argentinos.

Durante o trajeto, a equipe faz paradas frequentes para garantir água, comida e conforto à Kenya. Geralmente, as pausas na viagem ocorrem em postos de gasolina, como na manhã desta terça-feira (8), quando o comboio estacionou em um estabelecimento na saída para Cuiabá, em Campo Grande.

Contudo, por segurança, o cronograma de paradas não foi divulgado. Isso significa que Kenya pode passar por qualquer cidade de Mato Grosso do Sul a qualquer momento, mas só verá a elefanta na caixa de transporte quem tiver a sorte de cruzar seu caminho.

A história da elefanta Kenya: 40 anos em cativeiro

O Santuário de Elefantes esclarece que a espécie costuma ficar em pé por longos períodos, sendo que alguns elefantes em cativeiro não deitam por semanas ou até anos. Por isso, o transporte não representa sofrimento para o animal.

“Depois de passar cerca de 40 anos no mesmo recinto, Kenya está conhecendo um mundo cheio de novos cheiros, sons e paisagens em sua viagem rumo ao santuário. É difícil imaginar como tudo isso deve estar sendo para ela”, declara o órgão não governamental.

Kenya foi levada a Mendoza com apenas 4 anos de idade e viveu toda a sua vida sozinha em um ambiente de zoológico. Agora, aos 44 anos, sua vida mudará radicalmente e o contato com a natureza na Chapada será essencial para seu processo de cura física e emocional.

Atualizações frequentes sobre o animal são compartilhadas nas redes sociais do Santuário, onde a elefanta terá espaço para explorar, tomar suas próprias decisões e expressar comportamentos naturais, como procurar comida e se banhar na lama. “E, pela primeira vez em décadas, terá a chance de desenvolver uma nova amizade com outra elefanta, Pupy”, celebra o santuário.

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Fonte: Midiamax