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segunda-feira, 29 de abril, 2024
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Em 2023, COVID-19 matou 214 pessoas e ao menos 5 bebês; gestantes devem se vacinar

As gestantes fazem parte do grupo prioritário da vacinação contra COVID e ao tomarem o imunizante adquirem uma dupla proteção.

Ao menos cinco bebês de dois a nove meses morreram de COVID-19 em Mato Grosso do Sul, no ano de 2023. Ao todo, foram 11 óbitos em crianças menores de cinco anos. Já o número total de casos confirmados da doença encerrou o ano com 29.277 pessoas infectadas pelo vírus.

O médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, alerta sobre a importância da vacinação, sobretudo nos grupos prioritários, de gestantes, bebês a partir de seis meses, crianças, imunossuprimidos e idosos.

“A vacina de COVID é super importante para a gestante, principalmente no último trimestre da gestação. Essa vacinação, no último trimestre da gestação, vai proteger até seis meses o recém-nascido, então esse é o principal objetivo. Depois de seis meses, o bebê pode tomar a vacina Pfizer Baby e, portanto, garantir sua proteção. Importante entender que hoje, o óbito está concentrado nos idosos imunossuprimidos e nas crianças, justamente menores de dois anos, porque não tem essa imunidade. Então, a estratégia de vacinar a gestante é fundamental”, explica o médico especialista, Julio Croda.

Além disso, o médico infectologista ressalta que as gestantes devem estar atentas aos demais imunizantes preconizados pelo Ministério da Saúde e que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, como a vacina DTPA.

“Existem outras vacinas que são aplicadas no último trimestre da gestação, justamente para proteger o feto, como a DTP-A, que é a vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Isso garante uma proteção para a criança menor de seis meses, que não tem o seu sistema imune amadurecido, e a proteção é dada através dessa transferência de anticorpos maternos pro recém-nascido”, esclarece o infectologista. 

Ao Correio do Estado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS) informou que os casos dos bebês que morreram de COVID-19, bem como, se as mães tomaram a vacinaçao durante a gestação, ainda estão sob investigação.

Já a Secretaria Municipal de Campo Grande (Sesau), questionada sobre o índice de vacinação em gestantes, informou que não possui esse controle de dados, se limitando apenas aos índices por faixa etária, ou seja por idade, e não por grupos prioritários. 

“A Sesau informa que como a vacinação está disponível para toda a população, não é possível fazer um levantamento do número de mulheres gestantes que se imunizaram em 2023, uma vez que, diferentemente do que acontecia no início da campanha, a dose não é mais aplicada conforme o grupo de risco ao qual a pessoa pertence. Cabe ressaltar ainda que Campo Grande conta com mais de 50 pontos de vacinação distribuídos em todas as regiões do município.”.

Cabe ressaltar que desde o dia 1º de janeiro de 2024, a vacinação contra COVID-19 entrou no Calendário Nacional de Vacinação e priorizará:

  • Gestantes e puérperas;
  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;
  • Imunocomprometidos;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos;
  • Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
  • Pessoas em situação de rua

No entanto, a Sesau ainda não divulgou como terá o controle ou desenvolverá as ações de vacinação, destes públicos-alvos, na Capital. 

“Recebemos na terça-feira (2), uma nota técnica do Ministério da Saúde, sobre como a vacina será incluída na rotina. Então, as unidades de saúde estão ainda sendo orientadas sobre as novas medidas a serem tomadas, como é o caso da aplicação da vacina em gestantes e puérperas, que devem receber duas doses por ano, com um intervalo de seis meses entre elas.”.

Por sua vez, a SES/MS destaca que todas as vacinas contra Covid-19 estão disponíveis nos 79 municípios do estado. 

“Sabemos da eficácia da vacinação no contexto do enfrentamento da Covid-19, neste sentido é de suma importância que as pessoas que pertencem aos grupos prioritários procurem uma unidade de saúde e recebam o reforço com a vacina bivalente, a vacina está disponível em todas as salas de vacina do estado e é de suma importância que os mais vulneráveis procurem se vacinar o mais breve possível”, reforça o gerente de imunização da SES, Frederico Moraes.

Para o público-alvo das gestantes, a SES/MS ressalta que não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher confirme o seu estado de gravidez.

Além disso, a SES considera puérpera todas as mulheres no período até 45 dias após o parto e essas estão incluídas na população indicada para a vacinação. Neste casos, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros).   

Casos

No ano de 2023 foram contabilizados 29.277 casos confirmados de pessoas com COVID-19 no Estado. Além disso, 214 pessoas morreram em decorrência da doença.

Conforme o boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (3), pela SES/MS, Campo Grande foi o centro das três mortes por Covid-19 registradas nessa última semana. Outros 138 novos casos da doença foram confirmados em todo o Mato Grosso do Sul. 

Quanto à distribuição desses 138 casos, nos últimos sete dias, estão registrados nos seguintes municípios: Campo Grande (52 casos); Ponta Porã (16); Amambai (15); Corumbá (12); Dourados (11); Sete Quedas (06); Sonora (04); Deodápolis (03); Maracaju (03) e Sidrolândia (03). 

Além dessas, as cidades de Ladário; Vicentina e Rio Verde de Mato Grosso tiveram dois novos casos cada, enquanto São Gabriel do Oeste; Pedro Gomes; Nova Andradina; Mundo Novo; Jaraguari; Costa Rica e Bodoquena apresentaram um caso cada uma. 

Em 2023, COVID-19 matou 214 pessoas e ao menos 5 bebês; gestantes devem se vacinar

Importante destacar que as três vítimas de Covid-19, dessa última semana, integravam grupo de risco como pessoas idosas. 

Fonte: Correio do Estado