Em Ponta Porã, Força Tática apreende 180 quilos de cabelos em barracão

PM MS

O material foi encaminhado à Receita Federal, órgão competente para as providências cabíveis.

Na madrugada desta quinta-feira (18), a Força Tática do 4º Batalhão de Polícia Militar, durante patrulhamento ostensivo na área norte da cidade, realizou uma apreensão relacionada aos crimes de contrabando e descaminho. A ação foi desencadeada por volta da meia-noite, no Bairro Carandá.

Durante o patrulhamento, a equipe policial visualizou uma movimentação suspeita em um barracão. Ao se aproximar com a viatura, os policiais observaram dois indivíduos, de estatura mediana e trajando roupas escuras, que, ao perceberem a presença da Força Tática, fugiram em direções opostas, não sendo localizados devido ao local ser ermo.

Suspeitando que os indivíduos estariam furtando o local, os policiais se aproximaram do barracão e constataram que o portão estava aberto e que, aos fundos, havia um quarto com a janela entreaberta. A equipe, então, adentrou o imóvel e, no interior do quarto dos fundos, foram encontrados diversos maços de cabelos espalhados pelo chão, além de uma porta arrombada que dava acesso a um banheiro. No local, a Força Tática localizou quatro caixas contendo grande quantidade de cabelos, que após pesagem totalizaram aproximadamente 180 quilos.

Considerando a possibilidade de que o material estivesse sendo armazenado para posterior comercialização ilegal no território nacional, os policiais realizaram a apreensão. O material foi encaminhado à Receita Federal, órgão competente para as providências cabíveis.

O contrabando de cabelo humano é uma prática ilícita que tem crescido significativamente nos últimos anos, impulsionada pela alta valorização do produto no mercado de cosméticos e de extensões capilares. Em muitos casos, os cabelos são introduzidos no país sem cumprir exigências sanitárias e aduaneiras, configurando crimes de contrabando ou descaminho, conforme a legislação brasileira.

Além dos prejuízos à arrecadação de impostos, esse tipo de crime pode representar riscos à saúde pública, uma vez que o material pode não passar por fiscalização sanitária adequada. Os envolvidos nessa prática podem responder criminalmente, com penas que incluem reclusão, multas e apreensão dos produtos.

Fonte: PM MS