A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) publicou o estudo de caso sobre a estratégia brasileira Alimenta Cidades, destacando-a como modelo inovador de governança alimentar municipal. A divulgação coincide com o anúncio da saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU, marcando o retorno do país à posição que ocupava até 2018.
Esta é a segunda vez que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retira o país dessa condição. A primeira foi em 2014, após 11 anos de políticas consistentes. No entanto, a partir de 2018, o desmonte de programas sociais fez o Brasil retroceder e retornar ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020.
Durante a Cúpula de Sistemas Alimentares, realizada na Etiópia, a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Lilian Rahal, apresentou o estudo como um exemplo de política pública eficaz. “O estudo de caso realizado pela FAO, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, mostra como a Estratégia Alimenta Cidades é um elemento catalisador de políticas públicas a partir do nível municipal”, afirmou.
O documento da FAO analisa como o Brasil, um dos maiores produtores agrícolas globais, está realinhando suas políticas para enfrentar os novos desafios da segurança alimentar urbana. Com 85% da população vivendo em cidades, o país desenvolveu a estratégia para combater os desertos alimentares, áreas sem acesso a comida fresca, e pântanos alimentares, domínio de ultraprocessados.
A publicação da FAO mostra como a estratégia tem contribuído para alinhar políticas públicas a partir das realidades locais, fortalecendo os sistemas alimentares de forma integrada e sustentável. A iniciativa brasileira vem ganhando destaque por promover o acesso à alimentação adequada, a valorização da agricultura familiar e a articulação entre municípios, estados e Governo Federal.
A meta é levar o programa a todas as cidades com mais de 300 mil habitantes e dar suporte e mentoria para as equipes locais avançarem em ações concretas para redução dos desertos e pântanos alimentares, além da troca de experiências por meio da Rede Urbana de Alimentação Saudável (RUAS). “Políticas como o Alimenta Cidades mostram que, com participação democrática e financiamento adequado, podemos transformar sistemas alimentares e reduzir a fome”, concluiu a secretária Lilian Rahal.
Assessoria de Comunicação – MDS
Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome