Goiás Lança Fundo de R$ 800 milhões para Impulsionar Agroindústrias, Energia e Mineração

O governo de Goiás anunciou nesta terça-feira (5/8), durante evento na B3, o lançamento de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) com oferta de R$ 800 milhões em crédito a taxas competitivas. O objetivo é fomentar o aporte de capital no Estado, com foco especial em setores como data centers, terras raras, linhas de transmissão de energia, biogás e biometano.

Apoio a setores impactados por tarifas dos EUA

Além dos segmentos mencionados, o fundo também beneficiará setores atingidos pela tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras, com destaque para o agroindustrial, que sofre consequências diretas dessa barreira comercial.

Funcionamento e estrutura do fundo

O FIDC funciona investindo em direitos creditórios — valores a receber por empresas. Metade dos recursos do fundo será formada por créditos de ICMS vinculados a empresas exportadoras de Goiás, enquanto os outros 50% serão captados no mercado financeiro. A taxa de juros ofertada será de 10% ao ano.

Gestão privada e análise rigorosa dos projetos

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, classificou o projeto como o “mais criativo” já implementado pelo Estado para incentivar investimentos empresariais, principalmente em áreas com potencial de crescimento. Erik Figueiredo, diretor-executivo do Instituto Mauro Borges (IMB), explicou que, por não envolver recursos públicos, o fundo dispensa licitação e será gerido pelo setor privado. Os projetos interessados serão avaliados tanto pela estrutura governamental quanto pelos investidores, que analisarão a capacidade de pagamento dos proponentes.

Contexto nacional: outras iniciativas semelhantes

O lançamento em Goiás acompanha iniciativas de outros estados brasileiros voltadas ao agronegócio e setores estratégicos. Em abril, o Paraná criou o FIDC Agro Paraná, com R$ 350 milhões em recursos iniciais. Já a Desenvolve SP, agência de fomento de São Paulo, lançou um FIDC para o setor de biocombustíveis, estruturado em parceria com o BTG Asset, com valor entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões.

Além disso, a Desenvolve SP planeja outras operações financeiras focadas em cadeias produtivas de café, banana, avocado, goiaba e tomate, além de fundos para recuperação ambiental e regeneração de áreas degradadas por meio de consórcios agroflorestais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio