Inovações em trigo e soja podem aumentar a produtividade

Novas tecnologias e variedades de cultivares estão abrindo oportunidades para a ampliação do cultivo de trigo e soja no Rio Grande do Sul, de acordo com dados apresentados durante encontros recentes promovidos pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Esta semana, pesquisadores e representantes do setor discutiram safra, manejo, crédito rural e tendências de mercado na Faculdade de Direito da Universidade de Passo Fundo (290 km da capital, Porto Alegre). Ao todo, 135 trabalhos científicos foram aprovados para apresentação, abordando desde o desenvolvimento de novas variedades até estratégias de gestão para aumentar a produtividade e a competitividade.Os estudos, compilados e avaliados ao longo de 2024 e 2025, analisam novas variedades, manejo integrado de pragas, resistência a doenças e tecnologias de cultivo que permitem aumentar a produtividade e reduzir riscos climáticos.

No Rio Grande do Sul, o trigo ocupa atualmente cerca de 1,2 milhão de hectares, liderando a área de plantio de inverno. Especialistas apontam que há espaço para expansão, impulsionada por variedades mais resistentes e técnicas de manejo aprimoradas, capazes de gerar maior rentabilidade aos produtores. Para a soja, as pesquisas reforçam a importância de planejamento, gestão eficiente e adoção de tecnologias de precisão, fatores decisivos para reduzir perdas e melhorar a competitividade no mercado nacional e internacional.

Além disso, estudos indicam que a integração entre trigo e soja em sistemas de rotação contribui para a sustentabilidade do solo e a resiliência frente a eventos climáticos extremos, como secas ou excesso de chuvas. Essa complementaridade permite otimizar a produtividade por hectare e reduzir custos operacionais, ao mesmo tempo em que atende às demandas crescentes do mercado por grãos de qualidade.

Os resultados das pesquisas vêm sendo aplicados em programas de avaliação genética e manejo, fornecendo aos produtores dados técnicos precisos para decisões sobre plantio, irrigação e uso de insumos. Analistas do setor afirmam que essas práticas podem gerar ganhos financeiros significativos e fortalecer a competitividade do agronegócio brasileiro, consolidando trigo e soja como culturas estratégicas para o país.

Fonte: Pensar Agro