Alfredo Stroessner comandou ditadura militar entre 1954 e 1989, e morreu no Brasil
Fonte: Jornal Che Fronteira
O juiz Daniel Machado, da 2ª Vara de Família de Brasília, autorizou a exumação do corpo do ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner. O magistrado atendeu a um pedido de Enrique Fleitas, que alega ser filho do ex-presidente do Paraguai e solicita a realização de teste de paternidade para ter direito a parte da herança.
Stroessner comandou a ditadura militar paraguaia de 1954 a 1989. Durante seu governo, 459 pessoas foram mortas ou desapareceram, 18.722 foram torturadas e 19.862 foram presas, de acordo com a Comissão da Verdade do país. Ele foi enterrado em Brasília em 2006 porque havia se exilado no Brasil depois de deixar o poder.
A decisão foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico do Distrito Federal no último dia 17. Nela, o juiz afirma que não havia motivos para negar o pedido, uma vez que a única herdeira reconhecida de Stroessner, Graciela Mora, 74, concordou com a solicitação.
“Assim, ante a concordância da requerida, única herdeira viva do falecido, que é idosa e residente no Paraguai, com a realização de exame nos restos mortais de seu genitor, defiro a realização da exumação do cadáver de Alfredo Stroessner para colheita de material genético para realização de exame de DNA”, decidiu o magistrado.
O juiz determinou que o Cemitério Campo da Boa Esperança, no DF, onde ele está enterrado, comunique se fará a exumação ou se precisará de auxílio da Polícia Civil do DF. Machado também ordenou ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense da corporação que o mantenha informado sobre os trâmites da exumação.
Stroessner foi membro do Partido Colorado e liderou o golpe de Estado que depôs Federico Chaves, em 1954. (Edmondo Tazza – MTE/MS 1266) (Com informações de GaúchaZH)