Estudantes, professores e técnicos das instituições que compõem a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica contam com investimento do Ministério da Educação (MEC) para a participação em fases internacionais em olimpíadas científicas. O objetivo é apoiar financeiramente e fortalecer a excelência acadêmica e a pesquisa em diversas áreas do saber, promovendo pesquisa, extensão, empreendedorismo e inovação.
De fluxo contínuo, as inscrições seguem abertas no edital realizado em parceria com o Instituto Federal de São Paulo (IFSP). A iniciativa já está dando resultados. Uma equipe de estudantes do IFSP, Campus São Carlos, participará da final da Olimpíada Internacional de Robótica, em Genebra (Suíça), nos dias 8 e 9 de julho. O evento Robotics for Good Youth Challenge reunirá 20 países e contará com estudantes de até 18 anos para desenvolver soluções baseadas em conhecimentos de inteligência artificial e robótica para enfrentar desafios mundiais.
A equipe, que vai embarcar para a competição no domingo, 6 de julho, é composta por três estudantes dos cursos técnicos de Manutenção Aeronáutica em Aviônicos e Informática para Internet, além do curso de bacharelado em Engenharia de Software. “Fomos campeões nacionais em 2024 e agora vamos representar o Brasil na competição no nível sênior. Eu acredito fortemente que os editais estimulam a participação nesses eventos, tornando tudo mais acessível e menos distante da realidade de muitos estudantes que, de outra forma, talvez nem soubessem dessas oportunidades”, conta Ricardo Arai, professor do IFSP que acompanhará o grupo.
Para o docente, a repercussão dessa iniciativa vai muito além da participação em eventos, pois proporciona experiências únicas de aprendizado, troca cultural e crescimento pessoal. “Para muitos estudantes, essa é uma oportunidade inédita de viajar para outro país e representar o Brasil em um evento científico, o que fortalece a autoconfiança, amplia horizontes acadêmicos e pode até influenciar decisões futuras sobre carreira e atuação profissional. Além disso, reforça a importância do investimento público em educação e ciência”, finalizou Arai.
Do Brasil para o mundo — Franklin Costa, estudante do curso de mecânica, do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Campus Recife, foi selecionado, entre os mais de 250 mil estudantes que participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), para participar da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), que acontece no mês de agosto, em Mumbai, na Índia.
- Estudante do IFPE (primeiro à direita na foto) participará de Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) na Índia. Foto: Divulgação
O jovem de apenas 17 anos vem percorrendo um longo caminho de estudos desde que se tornou aluno do IFPE. Ao ingressar no campus da capital pernambucana, ele passou a participar de olimpíadas de conhecimento nas áreas de matemática, física e astronomia.
Como resultado, Franklin conquistou diversos títulos, com destaque para as medalhas de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e menção honrosa na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). Ele também figurou entre os dez melhores desempenhos na seletiva de Astronomia de 2023 e conquistou o segundo lugar na seletiva de Astronomia do ano passado, o que garantiu sua vaga na edição 2025 da IOAA.
Polos olímpicos — Além do apoio para participação em olimpíadas científicas, a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC lançou, em maio de 2024, projeto piloto em parceria com o IFSP para apoiar a criação de polos olímpicos de conhecimento na Rede Federal. Por meio de edital, as instituições que tiveram seus projetos selecionados receberam recursos para a instalação de polos olímpicos de conhecimento em suas unidades.
São elas: Instituto Federal de Alagoas (IFAL), com polo na área de astronomia e astronáutica; Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), polo de Robótica; Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), polo na área de foguetes, física, matemática e química; o Colégio Pedro II, polo de Sociologia; e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com polo de Robótica de Competição. Acesse a lista aqui.
“Esses polos, que já estão em funcionamento, visam identificar e desenvolver talentos intelectuais ao apoiar estudantes que desejam aprofundar conhecimentos para participarem de competições técnicas e científicas em determinadas áreas, no Brasil ou no exterior”, destacou o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Setec, do IFSP e do IFPE
Fonte: Ministério da Educação