Rio Grande do Sul segue dependente de milho de fora
Segundo a TF Agroeconômica, o estado do Rio Grande do Sul continua enfrentando dificuldades logísticas e elevada dependência de milho externo. As referências de compra permanecem estáveis:
- R$ 65,00/saca em Santa Rosa e Ijuí
- R$ 66,00 em Não-Me-Toque
- R$ 67,00 em Marau, Gaurama e Seberi
- R$ 68,00 em Arroio do Meio, Lajeado e Montenegro
Para agosto, as pedidas variam entre R$ 66,00 e R$ 70,00/saca.
Santa Catarina: mercado parado e pressão sobre a pecuária
Em Santa Catarina, o mercado também se mostra travado. Em Campos Novos, as pedidas chegam a R$ 80,00/saca, mas a indústria não ultrapassa os R$ 70,00. No Planalto Norte, os pedidos estão em torno de R$ 75,00, enquanto as ofertas industriais não passam de R$ 71,00, o que impede a concretização de novos contratos. Com a dificuldade para escoar a produção, alguns produtores já começam a reduzir investimentos para a próxima safra.
Paraná avança na colheita, mas liquidez continua baixa
No Paraná, a colheita ganha ritmo, mas os preços baixos dificultam as negociações. As pedidas dos produtores giram em torno de R$ 73,00/saca FOB, podendo chegar a R$ 75,00 em algumas regiões, enquanto as ofertas da indústria ficam abaixo de R$ 70,00 CIF.
Os preços regionais médios estão assim distribuídos:
- Região Metropolitana de Curitiba: R$ 66,77
- Centro Oriental: R$ 55,91
- Norte Central: R$ 54,93
- Oeste: R$ 54,41
De modo geral, os valores oscilam entre R$ 54,18 e R$ 64,17/saca.
Mato Grosso do Sul: mercado morno apesar da colheita
No Mato Grosso do Sul, o comércio de milho continua sem grandes reações. Mesmo com pequenos ajustes positivos nas cotações, os preços variam entre R$ 44,38 e R$ 50,17/saca. A insegurança dos agentes impede o fechamento de grandes volumes, e tanto produtores quanto compradores se mantêm cautelosos.
Milho recua na B3 e em Chicago com incertezas externas
Na B3, os contratos futuros de milho encerraram o dia em baixa, refletindo a queda do dólar e o recuo nas bolsas internacionais. A retração ocorre justamente no primeiro dia da nova tarifa de 50% imposta pelo governo dos EUA, o que trouxe apreensão ao mercado, mesmo sem impacto direto sobre o milho brasileiro.
Embora o cereal não esteja na lista de produtos tarifados, o setor teme efeitos indiretos:
- A demanda interna pode cair, já que a carne, importante destino do milho para ração, não foi incluída nas exceções.
- Existe ainda o receio de que o etanol de milho dos EUA seja usado como moeda de troca em futuras negociações bilaterais, o que preocupa a indústria brasileira, especialmente em fase de expansão.
Desempenho dos contratos na B3:
- Setembro/25: R$ 65,54 (queda de R$ 0,20 no dia e R$ 1,34 na semana)
- Novembro/25: R$ 67,83 (queda de R$ 0,58 no dia e R$ 1,64 na semana)
- Janeiro/26: R$ 70,49 (queda de R$ 0,82 no dia e R$ 2,64 na semana)
Chicago (CBOT) também registra queda
Na Bolsa de Chicago, o milho acompanhou o movimento de baixa:
- Contrato setembro: queda de 0,39%, a US$ 379,75/bushel
- Contrato dezembro: queda de 0,19%, a US$ 401,25/bushel
Apesar da queda na produção semanal de etanol e dos estoques nos EUA — com retração de 4% —, a demanda externa ajudou a conter perdas mais intensas. Em julho, os EUA exportaram 6,747 milhões de toneladas de milho, o segundo maior volume já registrado para o mês. As exportações de etanol também cresceram, somando 173,67 milhões de galões, alta de 29,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio