MMA participa de premiação do SFB que reconhece estudos na agenda de recuperação florestal

Prêmio recebeu 42 inscrições, distribuídas em seis eixos temáticos - Foto: Ascom/SFB

O ministro substituto do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco, participou na última quarta-feira (10/12), em Brasília, da cerimônia de entrega do IX Prêmio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado Florestal. Promovida pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), a iniciativa concedeu R$ 115 mil em prêmios, além de troféus e certificados, para cinco pesquisas inéditas voltadas à recuperação florestal no Brasil.

Na ocasião, Capobianco ressaltou a importância de ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira para fortalecer o manejo florestal sustentável e impulsionar o desenvolvimento regional. “O Brasil precisa conhecer e divulgar a diversidade de espécies, porque o manejo florestal sustentável depende dessa diversidade. Quando a produção se concentra em uma única espécie, ela pode se exaurir e entrar em risco de ameaça”, ponderou. “Estudos como os premiados ajudam a modernizar o setor e a transformar os recursos florestais em ativos para o desenvolvimento regional, com benefícios para a Amazônia, a Mata Atlântica e o Cerrado”, acrescentou.

O diretor-geral do SFB, Garo Batmanian, destacou a importância de manter iniciativas de longo prazo e de fortalecer a agenda da restauração. “É uma maneira de incentivar a inovação e ideias que podem ajudar a tornar a restauração um tema com valor, para a biodiversidade, para o clima e para a economia”, afirmou. Batmanian também ressaltou o papel das parcerias institucionais para apoiar pesquisa e desenvolvimento e estimular soluções ecologicamente sustentáveis, socialmente justas e economicamente viáveis.

Em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a premiação realizada pelo SFB, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), busca estimular a produção científica e reconhecer estudos com soluções aplicáveis à gestão e à recuperação dos biomas brasileiros.

Nesta edição, o prêmio recebeu 42 inscrições, distribuídas em seis eixos temáticos: concessões florestais; bioeconomia; silvicultura de espécies nativas; impactos do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE); viabilidade econômica da recuperação de áreas degradadas; e instrumentos econômicos e financeiros, como CRA, PSA, crédito rural e sistema tributário.

Importância da agenda florestal

Representantes da CNI reforçaram que o desenvolvimento sustentável depende de ciência, manejo responsável e inovação. O diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz, ressaltou o valor social e ambiental das florestas e a importância de práticas responsáveis. “Todos sabem que floresta em pé é recurso, é bem social, é bem ambiental, é desenvolvimento. O manejo responsável é um bem também para a sociedade”, afirmou.

Já o superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo, destacou a relevância econômica e estratégica do setor florestal e o apoio da entidade à iniciativa. “Desde 2014, a CNI apoia esta iniciativa porque acredita que conhecimento e inovação são pilares do desenvolvimento sustentável. O setor florestal brasileiro é estratégico: gera empregos, movimenta a economia e contribui para a transição rumo a uma economia de baixo carbono, conciliando competitividade e conservação ambiental”, disse.

 Conheça os vencedores:

 1º lugar

João Victor Miranda da Gama Oliveira e Alexandre Anders Brasil – Universidade de Brasília (UnB)

Análise Econômica da Concessão Florestal da Floresta Nacional de Capão Bonito – SP

Primeiro colocado, o pesquisador florestal João Victor Miranda explicou que o estudo buscou suprir lacunas técnicas relacionadas à modelagem da concessão florestal da Floresta Nacional (Flona) de Capão Bonito, considerada inovadora por prever a conversão de plantios de pínus em vegetação nativa. “O estudo visa subsidiar a tomada de decisão do Serviço Florestal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade [ICMBio] para a gestão da concessão, preencher lacunas interpretativas do plano de manejo, verificar a viabilidade do modelo e propor recomendações para torná-lo mais atrativo e economicamente sustentável”, ressaltou.

2º lugar

Fátima de Souza Freire  – Universidade de Brasília (UNB)

Francielle Rodrigues do Nascimento Voltarelli de Freitas – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Quanto Custa Restaurar o Cerrado? Uma Avaliação de Viabilidade e Impacto Climático

3º lugar

Daniela Pauletto

Estrutura e Funcionalidade de Sistemas Agroflorestais Comerciais na Amazônia Brasileira: Implicações para Políticas e Fomento – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)

4º lugar

Matheus Santos Luz

Práticas Silviculturais Intensivas Influenciam Positivamente no Estoque de Carbono de Florestas de Restauração – Universidade Federal de Lavras (UFLA) 

5º lugar

Pedro Medrado Krainovic

Restauração florestal multifuncional da vegetação nativa como solução baseada na natureza: Onde e como integrar as agendas da restauração florestal e da bioeconomia? – Universidade de São Paulo (USP)

Menção Honrosa

Fernanda Neves Lima

Caracterização Genética e Fenotípica de Populações Naturais de Araucária Angustifólia (Bertol.) Kuntze em Fitofisionomias da Floresta Ombrófila Mista  – Universidade Estadual Paulista (Unesp)

(Com informações do Serviço Florestal Brasileiro)

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima