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Mulher que pulou do 1º andar de prédio para não ser estuprada volta a andar


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A cabeleireira Juliane Lacerda pulou de 1º andar de prédio para fugir de estupro e sofreu lesão na coluna
Arquivo pessoal

A cabeleireira Juliane Lacerda pulou de 1º andar de prédio para fugir de estupro e sofreu lesão na coluna

A cabeleireira Juliane Lacerda, de 36 anos, voltou a andar depois de sofrer uma lesão na medula ao pular do primeiro andar de um prédio para fugir de uma tentativa de estupro em Goiânia. Após a queda, ela passou por duas cirurgias e perdeu os movimentos da cintura para baixo.


Os primeiros passos vieram depois de quase três meses de fisioterapia intensa. “O que parecia impossível para mim e para muitos, se tornou realidade. Ficava imaginando esse momento tão distante na minha vida, mas sempre com fé que chegaria, e Deus sempre me surpreendendo, me mostrando que está do meu ladinho a todo o tempo, menos de três meses depois de uma lesão medular, estou aqui de pé”, disse a cabeleireira.

O caso aconteceu no dia 29 de janeiro deste ano. A cabeleireira estava no salão em que trabalha com uma funcionária quando um homem entrou e usou uma faca para fazer ameaças de morte caso elas não tivessem relações sexuais com ele. 

“Ele mandou a gente subir para o primeiro andar. Quando eu cheguei lá em cima, eu vi que a porta da sacada estava aberta e pulei. Quando eu caí, eu já comecei a gritar socorro muito alto”, explicou.

Foi quando ela decidiu pular da sacada para pedir ajuda. Juliane teve alta do hospital em 11 de fevereiro, duas semanas depois de passar por duas cirurgias. Na época, ela perdeu o movimento da cintura para baixo.

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Com o celular dele e as imagens das câmeras de segurança, a Polícia Civil identificou o suspeito e o prendeu, em 17 de fevereiro. Felipe Lopes Maia, de 22 anos, continua preso até esta quarta-feira. A informação consta no página do Tribunal de Justiça de Goiás.

Juliane faz sessões de fisioterapia todos os dias para recuperar o movimento das pernas e fortalecer a musculatura perdida enquanto esteve na cadeira de rodas. 

“Voltarei a ter minha vida normal e fazendo tudo melhor que antes. Vivendo e agradecendo por cada dia vivido. Dê valor ao que pode fazer hoje porque amanhã pode ser muito tarde”, afirma a cabeleireira.

Mudança de rotina

Juliane conta que a rotina mudou completamente após o caso. Agora, ela depende de familiares para realizar tarefas dentro de casa e até para tomar banho.

A maioria da família dela mora no interior de Goiás, por isso, duas tias, uma irmã e a mãe se intercalam a cada 15 dias para cuidar de Juliane e não a deixar sozinha. 

” O meu salão está parado, mas não fechado. A minha família me ajuda também financeiramente. Uma funcionária minha ainda está no salão, mas não achei outra cabeleireira para me substituir”, explica Juliane. Com a evolução do quadro e o retomar dos passos ainda dentro de casa, a cabeleireira espera retornar ao trabalho no final deste ano.

Fonte: IG Mulher