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Na casa de Pedro Morato se mata a saudade dos discos de ‘Vinil’

22/04/2014 07h

Alem dos discos seu Pedro tem ainda rádio e vitrolas antigas que ainda funcionam muito bem.

Dora Nunes

Pedro Morato Moura é um senhor simpático e bom de prosa, que nos altos dos seus 66 anos cativa pela fala fácil, pela história de vida e principalmente pela coleção de discos de vinil que hoje ocupam parte da garagem de sua residência. O disco de vinil surgiu no ano de 1948, sendo leves, maleáveis e resistentes a choques, quedas e manuseio (que deve ser feito sempre pelas bordas), alem de sua excelência na qualidade sonora e o atrativo de arte nas capas de fora.

A partir do final da década de 80 e início da década de e 90, a invenção dos CDs prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo, mas não casa do colecionador Pedro Morato que aprecia ainda a boa música de um velho vinil tocado em uma vitrola, bem antiga, que fica em um cantinho, ao lado da prateleira recheada de discos variados onde destacamos: Milionário e José Rico, Roberto Carlos, Wilson e Soraia, Perla, Tião Carreiro e Pardinho, Donizete, Elba Ramalho, Gonzagão, dentre outros, inclusive alguns até com canções em japonês. Nessa coleção de antiguidade ainda pode-se apreciar disco do saudoso Hyran Garcete e o Trio Arpejo. o primeiro disco de Jads e Jadson, quando ainda era meninos e também de Zaza e Zezé, que foi o nome da primeira Dupla de Zezé di Camargo, quando ainda morava em Goiás, e a coleção completa do Rei Roberto Carlos.

Seu Pedro contou que foi trazido para a fronteira pelos seus pais e em Ponta Porã serviu o 11º Regimento por alguns anos. Ainda jovem, Morato confidenciou que até jogador de futebol foi aqui pela região, atuando em equipes de Ponta Porã e no Independiente de Pedro Juan Caballero, Paraguai.

“ Essa coleção foi um presente de Deus para mim, pois eu nem imaginava colecionar, mas aí chegava um e oferecia alguns discos a troco de uma bebida e assim eu ia fazendo negócio e aumentando a coleção”, afirmou Pedro Morato, lembrando que começou a colecionar há 12 anos.

Várias pessoas já foram conhecer a coleção de discos do seu Pedro, e conforme disse, afirma ficar muito feliz em receber essas pessoas.

Pedro, sempre ao lado do irmão o radialista Antonio Morato (104,9 Lider FM), mostrou a coleção de toca disco ou vitrolas como eram chamadas no início da década de 70 quando o disco de vinil viveu o seu auge.

O Radialista Tião Prado, que começou a sua carreira no final da década de 70 na Rádio Cacique de Nova Andradina, Rádio Jornal de Amambai e hoje na 91.5 FM Cerro Cora, ficou encantado com as raridades e até matou a saudade atacando de DJ,na época os que apresentavam programa sertanejos e trabalhavam na técnica ao mesmo tempo eram chamados de ‘Disco Jeca’, uma alusão aos ‘Djs’ que tocavam as musicas dos jovens, claro ao som de uma boa moda de viola que foi o início de tudo, a verdadeira música raiz.

As pessoas que possuem discos de vinil e não querem mais, seu Pedro Morato se coloca a disposição para receber novos exemplares para sua coleção. “ É só falar com o meu filho, o Miguel lá da ‘Proteste’, finalizou com um simples sorriso.

Pedro Morato Moura um colecionador dos antigos discos de 'Vinil'.Foto: Tião Prado (pontaporainforma)

Foto: Tião Prado(Pontaporainforma)

Pedro e o irmão Antonio Morato.Foto: Tião Prado(Pontaporainforma)

Foto: Dora Nunes (Pontaporainforma)