07/12/2014 10h
Em ensaio de moda, atriz fala sobre traição, o sonho de se casar e de ser mãe: ‘Mas jamais abandonaria tudo por amor’, conta a rainha da Imperatriz.
EGO
Cris Vianna é a típica mulher moderna. Bem resolvida na carreira profissional e na vida pessoal, a atriz não teme a chegada dos 40 anos e encara a idade como um “processo natural da vida”, como define. Segura e madura, a paulistana de 37 anos comemora o sucesso no horário nobre com a personagem Juju Popular, na novela “ Império ”. Mas reforça que nem sempre a vida imita a arte. Se na trama a rainha de bateria abandona tudo para viver um grande amor, com ela não é bem assim.
“Jamais abandonaria tudo por amor. Largar carreira de atriz, o samba ou alguma coisa que amo muito por causa de uma vaidade do outro, eu não acho certo. Acredito até que já tem um desencontro na relação. O trabalho fortalece muito a mulher e eu não me imagino estar em uma relação sendo sustentada por alguém, por exemplo. Nunca sonhei com esse tipo de vida para mim”, diz a atriz, que talvez topasse mudar de país com o seu amor. “Seria uma escolha diferente. Só para poder estar junto com a pessoa”, explica Cris, que namora há dois anos o personal trainer Luiz Roque.
Sonhos e praticidade
Casar e ter filhos estão nos planos de Cris. “Se acontecer de casar de véu e grinalda, ótimo. Imagina eu de noiva? Nossa, vai ser o dia mais demorado da minha vida”, comenta, aos risos, a atriz, que costuma levar horas para se arrumar.
“Mas se não rolar uma cerimônia com festa, tudo bem. Não acredito que estar no altar seja sinônimo de felicidade. Prefiro conhecer cada vez mais a pessoa”, diz: “Adoro criança e quero uma dia ser mãe. Se não puder ter, vou adotar”.
Quando o tema é traição, um dos dramas vivido por sua personagem na novela, Cris dá sua opinião: “Perdoar a pessoa por uma traição, acho que com o tempo você até perdoa. Mas querer estar com a pessoa novamente é outra questão. Eu não ia querer”, afirma.
Corpo natural
Dona de uma beleza bem brasileira, Cris revela que ver seu próprio trabalho na TV ou no cinema ainda é um desafio. “Me cobro muito e sou muito crítica comigo mesma. Nunca acho que está bom o suficiente e sempre busco melhorar. Me assistir na TV ainda não é uma coisa tão gostosa, ainda me dá um certo trabalho”, conta ela, garantindo que o clima nos bastidores da novela é de amizade: “Sempre tive sorte de fazer amigos em todos os meus trabalhos. O meu núcleo, com Ailton Graça e Viviane Araújo, é uma grande família. A gente se diverte muito e se ajuda demais”.
Com 1,74m de altura, ela jura que não costuma se pesar. E qual é o segredo para manter suas curvas tão sequinhas? “Alimentação saudável e sem excesso”, conta: “Cortei lactose e também evito comer carboidratos. Não sou muito ligada em doce, acho que isso já ajuda muito”. Balé clássico é outro segredo de Cris: “Faço duas vezes na semana. Nos outros três dias, vou à academia para fazer musculação, apenas para tonificar”.
Já a busca por pernas grossas e saradas para desfilar como rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense, na Sapucaí, nunca esteve nos projetos da atriz. “Nunca quis mudar o meu corpo para desfilar na Avenida. Nunca quis ficar sarada, nunca tive essa necessidade. Admiro as mulheres que têm um corpo natural. Também admiro aquelas que malham pesado e pegam peso mesmo. Só de ver, eu já fico cansada”, diverte-se Cris, que não acredita em rivalidade entre cariocas e paulistas no carnaval.
“Se rodar o Brasil afora, a gente acha uma gama de mulheres muito talentosas e vai se surpreender com as baianas, paulistas, mulatas e mulheres brancas. O carnaval é de todo o Brasil. Tudo bem, o do Rio é o mais tradicional, o mais famoso, o maior, o mais visto e o mais falado. E eu me sinto honradíssima de participar dele”.
Cores quentes
Apaixonada pelo verão, ela brinca ao dizer que, se pudesse, “pegaria sol todo dia na laje ou estendida como uma sereia na areia”. A atriz mostra ainda ser bem eclética no quesito cores e aposta em looks vibrantes para o verão 2015, tema deste ensaio de moda que aconteceu no prédio do IED Rio (Istituto Europeo di Design), na Urca.
“Cores como pink, amarelo e azul ficam lindas no meu tom de pele. Acredito que as cores das roupas acabam influenciando no estado de espírito das pessoas. Uma das poucas coisas que ainda não aprendi a usar foi o estampado e o florido. Tenho certa dificuldade”, aponta a atriz, que também não é adepta da transparência e nada na cor rosa clarinho. Nos detalhes das peças, Cris mostra sua personalidade forte e decidida. “Peças com babadinhos e lacinhos também não têm nada a ver comigo. Não gosto e não é a minha cara”, diz, aos risos, a atriz.
Produção de moda: Alê Duprat (Aba Mgt) / Assistente de moda: Marcella Klimovicz e Renato Telles / Cabelo e maquiagem: Ewerton Pacheco / Agradecimento: IED Rio – Istituto Europeo di Design / Equipe EGO Moda e Beleza: Eduardo Vallim (editor-chefe), Ana Paula Andrade (editora), Cristiane Rodrigues (repórter), Victor Hugo Camara (repórter) e Marcos Serra Lima (fotógrafo).



