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sexta-feira, 3 de maio, 2024
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Obra de Tarsila suspeita de falsificação entrou ilegalmente no país

Obra de Tarsila do Amaral, suspeita de falsificação, entrou ilegalmente no país
Reprodução

Obra de Tarsila do Amaral, suspeita de falsificação, entrou ilegalmente no país

Uma obra atribuída à artista Tarsila do Amaral e que esteve à venda na feira SP-Arte por R$ 16 milhões entrou ilegalmente no Brasil.

O proprietário do quadro, uma peça datada de 1925 que supostamente pertence à valorizada fase Pau-Brasil da artista, admite não ter declarado à alfândega ao trazer a obra para o país no final do ano passado. No entanto, autoridades do aeroporto internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, afirma que a Receita Federal deveria ter sido notificada.

Após ser exibida pela galeria OMA na SP-Arte, a principal feira do setor no Brasil, a pintura agora está sob análise de diversos especialistas, que questionam sobre sua autoria e afirmam que não se trata de uma obra de Tarsila.

O dono do quadro, que não quer divulgar sua identidade, disse ter certeza de que a obra é de autoria de Tarsila. Thomaz Pacheco, o galerista encarregado de comercializar a tela, concorda. Os herdeiros da pintora contrataram um especialista para validar a autenticidade e aguardam o resultado, que deve sair nos próximos meses.

De acordo com o proprietário, a obra foi um presente de seu pai para a sua mãe nos anos 1960, quando ambos moravam em São Paulo. A família se mudou para o Líbano e levou o quadro, que sobreviveu aos bombardeios israelenses no país em 1981.

Ele afirma que trouxe a obra para o Brasil por receio de que o conflito entre Israel com o Hamas atinja o Líbano, vizinho de Israel.

Autoridades do aeroporto de Viracopos afirmam que a aduana deveria ter sido informada do quadro, e que o dono não seria necessariamente taxado se comprovasse que estava fora do país há mais de um ano, o que criaria a possibilidade da obra ficar isenta de taxas por ser um bem de uso doméstico.

O dono da pintura nega que a tela tenha entrado de ilegalmente no país, tanto pela obra estar na sua família há gerações quanto porque ninguém checou sua bagagem na entrada.

Ele defende também que não declarou a obra de arte porque, devido à controvérsia em torno da autoria, ela não possui um valor de mercado definido e, consequentemente, não estaria sujeita a impostos. Embora o galerista tenha informado um valor de R$ 16 milhões, o proprietário do quadro argumenta que seu valor real é maior, pois está certo de sua autenticidade.

Ainda assim, a seção da Receita Federal em São Paulo afirma que o proprietário deveria ter declarado quadro, independente da autoria. No entanto, o dono diz que só irá declarar a tela após a análise da autoria.

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Fonte: Nacional