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segunda-feira, 29 de abril, 2024
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PF cumpre mandado de busca e apreensão por fraude nos Correios

Foram identificadas fraudes em 69 contratos de grupo investigado também em Minas Gerais e Rio Grande do Norte

A Operação Fake Tags, da Polícia Federal, cumpre dois mandados de busca e apreensão em Três Lagoas, nesta quarta-feira (10). Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara da Justiça Federal em Caicó (RN).

Está sendo investigada a comercialização de etiquetas para postagem de encomendas originadas de contratos fraudados na plataforma Correios Fácil.

O suspeito de Três Lagoas foi apontado como responsável pela formalização de ao menos três contratos fraudulentos elaborados a partir do uso de dados de empresas inexistentes.

No Rio Grande do Norte, foi identificado grande fluxo de fraude por pequenos comerciantes das cidades de Serra Negra do Norte e Caicó. Com isso, a Área de Segurança Corporativa dos Correios passou a monitorar a irregularidade e realizou a retenção de 215 objetos postais no centro de distribuição em Natal (RN). No Rio Grande do Norte, foram identificados outros dois intermediários que vendiam as etiquetas fraudadas na cidade de Caicó.

Também foi apontado que uma mulher, residente em Ipatinga (MG), é suspeita de intermediar e promover a venda das etiquetas para pessoas em diversos locais do Brasil.

Durante as investigações foi comprovado que o grupo de criminosos oferecia os serviços, principalmente, para pequenos negócios de e-commerce, que eram atraídos por tarifas muito baixas, que são incompatíveis com os preços praticados no mercado pelos próprios Correios ou outras empresas de logística.

O grupo conseguia colocar mercadorias na caixa postal e as faturas vinculadas aos contratos não eram pagas, dando prejuízo aos Correios. A Polícia Federal conseguiu ainda vincular 69 contratos fraudados ao grupo investigado, calculando prejuízo de R$ 2,7 milhões aos Correios.

Diversos comerciantes usaram as etiquetas para diminuir o custo com frete e remeter seus produtos a clientes de outras partes do país.

Os investigados vão responder pelo crime de estelionato qualificado. A pena máxima pode ultrapassar seis anos de reclusão, além de multa.

Fonte: Campograndenews