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sexta-feira, 26 de abril, 2024
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Ponta Porã: Aumentou o número de Venezuelanos pedindo ajuda nos semáforos

Em Ponta Porã, quando o sinal de trânsito fecha e os veículos páram, imediatamente surge a figura inusitada de uma pessoa, homens e mulheres geralmente acompanhados por crianças, sempre bem vestidos, com cartazes nas mãos, com as mesmas frases de sempre: “Oi sou Venezuelana  tenho dois filhos, preciso de ajuda para comer e comprar fraldas. Obrigado”. Por vezes, a população pode presenciar 3 pessoas, um em csa sinal, com os respectivos cartazes, pedindo ajuda.

A redação do site Pontaporainforma recebeu inúmeras reclamações a respeito do aumento do número de pessoas nos sinaleiros pedindo ajuda, sempre ‘usando’ crianças pequenas e até de colo para tentar sensibilizar os motoristas que passam por aquele local a ajudá-los de alguma maneira. Por vezes, nota-se mulheres altas horas da noite no sinal com criança de colo, pedindo algum tipo de ajuda.

Ponta Porã: Aumentou o número de Venezuelanos pedindo ajuda nos semáforos
Venezuelana pedindo na Av. Brasil (Foto: Pontaporainforma)

Um das pessoas que mandou mensagem pedindo para que fizesse algo a respeito, chegou a questionar a presença da Secretaria de Assistência Social, sendo que segundo essas reclamações, a secretaria tem que fazer algo a respeito.

Na tarde de sexta-feira (20), a redação do Pontaporainforma entrou em contato com o prefeito Hélio Peluffo Filho sendo repassada a ele as reclamações e ao ser cobrado acerca da atuação da Secretaria de Assistência Social nestes casos, o prefeito de imediato respondeu: “Tião, isso sempre é feito, nossos colaboradores da Assistência Social sempre estão indo de encontro  dessas pessoas nos sinaleiros dizendo que tudo o que eles pedem, nós da prefeitura podemos dar, ou seja, leite, fraldas, remédios, cobertas, até roupas para ajudar a combater o frio, mas o incrível que elas não querem nada e se recusam a receber ajuda”, disse Hélio Peluffo Filho.

Uma pessoa chegou a informar que já presenciou uma Van de cor cinza, parada nos cruzamentos das ruas Antônio João com a Presidente Vargas, desembarcando 6 pessoas adultas e algumas crianças, todas com mochilas nas costas e em seguida se dirigiram para os semáforos daquela região. Segundo a reclamante, ou são pessoas que vem de fora ou são pessoas extremamente organizadas que tem um veículo para levá-las até os semáforos para “trabalhar” aquele dia. Um fato curioso é que são pessoas jovens, fortes, bem vestidas e alguns comentários que circula é de que essas pessoas ficam hospedadas em hotéis na cidade vizinha de Pedro Juan Caballero-Paraguai.

Ponta Porã: Aumentou o número de Venezuelanos pedindo ajuda nos semáforos

Em 01/09/2021, a Prefeitura Municipal de Ponta Porã, através da Secretaria Municipal de Assistência Social realizou uma reunião para tratar sobre os imigrantes venezuelanos nas ruas de Ponta Porã.

Na época, frisou-se que era muito comum perceber pessoas que fugiram da grave crise social que atravessa a Venezuela para imigrar para Ponta Porã. A razão, é que até março de 2021, era possível regularizar a entrada no Brasil apenas por Ponta Porã e por Foz do Iguaçu. Após a regularização, os imigrantes têm acesso ao mercado de trabalho e acolhimento, por exemplo.

Na ocasião da reunião, a Secretária Municipal de Assistência Social, Vera Lúcia Oliveira, a questão não é só abordar. “Existe todo um cenário, que pode sugerir a presença e atuação de “coyotes” e exploradores na fronteira. Precisamos envolver todas as autoridades para formar um grupo de trabalho onde cada ator participe dentro da sua competência. É preciso acolher, orientar e encaminhar essas pessoas”, destacou.

O Comandante do 4.º Batalhão de Polícia Militar, Ozevaldo Santos de Melo, propôs, nessa reunião em 2021, além da criação do grupo de trabalho, o mapeamento e identificação através de serviços de inteligência, dos imigrantes, para conhecimento e compartilhamento entre as autoridades, dos dados que poderão ser levantados.

Marcial Benitez Troche – responsável pelo setor de Imigração Polícia Federal, colocou-se a disposição para colaborar no sentido de regularizar a entrada dos imigrantes e fazer os encaminhamentos pertinentes aos CRAS de Ponta Porã.

Hugo Lopes Garay, representante do Consulado Paraguay em Ponta Porã afirmou ser interessante abordar um tema tão sensível como esse e comprometeu-se a trazer as Autoridades competentes paraguaias nas próximas reuniões.

A representante do Ministério Público, Andrea Resende, responsável pela Vara da Infância e Juventude, comprometeu-se em instaurar um Procedimento Administrativo, para acompanhar os trabalhos do grupo e contribuir com a validação dos  procedimentos a serem implementados.

Ao final da reunião, foi elaborada uma ata, que documenta tudo que foi abordado, criou o grupo de trabalho e planejou mais reuniões, onde cada participante ficou com a missão de trazer sugestões dentro da sua área de atuação para enfrentar esse grave problema social.

Participaram da reunião: Andrea de S. Resende – Ministério Público ; Erotilde R. De Arruda – Coordenadora Cras Marambaia ; Cléa Morato – Coordenadora CREAS; Kaled Issa – Tenente Corpo de Bombeiros Militar de Ponta Porã; Mayara Alvino – Coordenadora Proteção Social Especial; Kelly Guerreiro – Coordenadora Proteção Social Básica; Andréia do Amaral – Coordenadora do Centro Pop; Ozevaldo Santos de Melo – Comandante Polícia Militar Ponta Porã/MS; Marilene Escobar de Souza – Conselheira Tutelar; Gustavo Teixeira Chadid – Consulado do Brasil; Luís César A. Silva – Coordenador Cras Salgado Filho; Antônia Caballero – Consulada do Paraguay; Hugo Lopes- Consulado Paraguayo, Marcial Benitez Troche – Imigração Polícia Federal além da Secretária de Assistência Social Vera Lúcia Oliveira.

Nessa oportunidade, o Comandante do 4º BPM, Tenente Coronel Ozevaldo Santos de Melo, esteve presente no programa FM em Noticias que vai ao ar pelas ondas da rádio Cerro Cora 91.5 FM e nos canais do Pontaporainforma na internet, falou a respeito da reunião e o que seria feito em seguida, e que nas novas reuniões dessas autoridades iria se definir o que poderia ser feito, mas pelo visto o projeto morreu no seu nascimento e nada foi feito, tudo está igual ou ate mesmo pior de quando teve inicio essas discussões.

Na sexta-feira (20), parecia que os “Venezuelanos” estavam em operação fim de mês, estavam em todos os locais, na Baltazar Saldanha com Antônio João havia três pessoas com crianças; na rua Tiradentes com a Antônio João, mais três; na Av. Brasil com a Baltazar Saldanha em todos os sinais tinha “Venezuelanos” com os cartazes pedindo ajuda.

Uma pessoa chegou até a questionar se o fato dessas pessoas estarem usando crianças para realizar o seus ‘trabalhos’, não fere a lei do Estatuto das Crianças e Adolescentes’, mas ninguém responde e deixamos aqui esses questionamentos para as autoridades responderem e desta maneira o site Pontaporainforma está a disposição para divulgar o resultado desses questionamentos.

Outro ponto questionado, é que o dono de um Lava Jato chegou a oferecer emprego a um casal de venezuelanos, o qual aceitou e depois de 3 dias trabalhados, desapareceram. Tempos atrás, o empresário reencontrou o casal nos semáforos e questionou, porem a resposta foi de que no sinal eles conseguiam arrecadar mais do que trabalhando no Lava Jato.