Ponta Porã: Estado e OS não entram em acordo e querem que enfermagem pague a conta

Os 181 profissionais de enfermagem do Hospital Dr. José Simone Netto, de Pontã Porã (MS), enfrentam outro problema além do COVID-19, a incerteza quanto a questões salariais. Com o menor salário do Estado – a maioria recebe em média mil e quinhentos reais – se deparam com o impasse entre OS (Organização Social) e Estado que não chegam a um acordo para o reajuste salarial. Por isso, a categoria anuncia mobilização que poderá interromper, parcialmente, as atividades no dia 24 de maio, a partir das 13h.

Entenda


Em março iniciaram-se as negociações salariais. O SIEMS (Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem do Mato Grosso do Sul) enviou a pauta de reivindicações para o hospital, com destaque para o reajuste salarial. Em abril ocorreu a primeira reunião entre sindicato laboral e representantes da OS, não houve consenso e 10 dias após, os gestores patronais responderam que dependem de aporte financeiro do Estado para reajustarem os salários.

O contrato de administração é por meio OS (Organização Social), gerenciado pelo Instituto Acqua, o hospital atende população de mais de 200 mil habitantes dos oito municípios da região sul do Estado. Conforme contrato, governo estadual deve repassar um total de R$ 269,9 milhões para que ocorra a administração do hospital, sendo que o valor mensal repassado é de R$ 4.499.907,64. A enfermagem atende a macrorregião, que engloba oito municípios do Estado e até mesmo pacientes que chegam dos países fronteiriços.

Suspensão das Atividades


O presidente do SINTRAE-MS, Enfermeiro Lázaro Santana, explica que com essa ‘empurra’ de responsabilidades, os profissionais ficaram sem qualquer certeza sobre a melhoria salarial.

“A enfermagem do hospital – que têm prestado um trabalho excepcional no combate ao Covid-19 – agendou assembleia para o dia 17/05, mas, a pedido da OS que afirmou dar respostas quanto ao posicionamento do Estado até o dia 21/05, a categoria decidiu reagendar a Assembleia para o dia 24 de maio, próxima segunda-feira, se não houver respostas, a categoria irá interromper parcialmente as atividades do hospital e deliberar sobre mobilizações pelo aumento salarial”, destaca Lázaro Santana.

Mais Informações:
Enfermeiro Lázaro Santana – Presidente SIEMS 67 99231-7807