24.6 C
Ponta Porã
terça-feira, 30 de abril, 2024
InícioSem categoriaSafra de cana termina com recordes: 654,43 milhões de toneladas moídas

Safra de cana termina com recordes: 654,43 milhões de toneladas moídas

A safra de cana-de-açúcar 2023/24, encerrada no dia 31 de março, foi a maior da história do Centro-Sul, com um total de 654,43 milhões de toneladas de cana moídas, um aumento de 19,3% em relação à safra anterior.

Esse resultado foi impulsionado por um conjunto de fatores, incluindo condições climáticas favoráveis, investimento em tecnologia e a busca por maior eficiência na produção.

O estado de São Paulo liderou o crescimento da moagem, com um aumento de 23,24%, totalizando 387,60 milhões de toneladas. Goiás e Mato Grosso do Sul também registraram crescimentos expressivos, de 8,74% e 17,47%, respectivamente.

A safra 2023/24 também foi marcada pela produção recorde de açúcar, com 42,42 milhões de toneladas, um aumento de 25,7% em relação à safra anterior. Já a produção de etanol totalizou 33,59 bilhões de litros, um crescimento de 16,2%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela maior demanda por etanol hidratado, que teve um crescimento de 23,2%, alcançando 20,48 bilhões de litros.

A produção de etanol de milho manteve a trajetória de crescimento na safra 2023/24, com um total de 6,266 bilhões de litros. Mato Grosso, maior produtor de milho do país, liderou o segmento, com 72% do volume total, seguido por Mato Grosso do Sul (16,1%) e Goiás (11,6%).

Apesar dos resultados positivos, a safra 2023/24 foi marcada por uma ligeira queda na qualidade da cana-de-açúcar. A média de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) foi de 139,22 kg/t, uma queda de 1,1% em relação à safra anterior. Segundo a Unica, esse fator se deve ao índice de precipitação pluviométrica acima da média e ao alongamento do período de moagem.

Apesar da queda na qualidade da cana-de-açúcar, a safra 2023/24 é considerada um grande sucesso para o setor sucroenergético do Centro-Sul. Os recordes na produção de açúcar, etanol e moagem demonstram a força e a resiliência do setor, que se adaptou às adversidades climáticas e apostou em inovação para alcançar esses resultados expressivos.

O setor sucroenergético do Centro-Sul se mostra otimista para o futuro. As boas condições climáticas e a perspectiva de aumento da demanda por açúcar e etanol no mercado interno e externo contribuem para um cenário positivo para a próxima safra.

Além disso, o setor segue investindo em pesquisa e desenvolvimento para aumentar a produtividade e a eficiência da produção, o que deve contribuir para a consolidação da posição do Brasil como um dos maiores produtores e exportadores de açúcar do mundo.

Fonte: Pensar Agro