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Falta de ar e muito incômodo são citados entre os que utilizam o equipamento de proteção
Não é nada fácil e confortável usar máscara no dia a dia, mas o item de proteção é o principal aliado contra o contágio do novo coronavírus. E para aqueles que desejam se exercitar, a dificuldade vai bem mais além.
Apesar de não ser obrigatório o uso de máscara ao realizar exercício físico em academias, isso em Campo Grande, muitos alunos estão tentando se adaptar. Mas a reclamação maior é em relação à falta de ar.
“Olha eu estou indo treinar em horários alternativos, onde existem menos pessoas. É difícil usar porque a gente cansa muito rápido. Só coloco mesmo quando vejo que vai chegando mais gente”, diz o professor Everton de Souza, 34 anos.
A Personal Fernanda Campos de Freitas, 25 anos, também confirmou que a maioria dos alunos só coloca o item quando a academia vai ficando com a capacidade máxima permitida em decreto. Ela afirma que usa máscara para dar orientações, mas na aula de jump é impossível.
“Olha, os alunos reclamam muito da dificuldade em respirar. E eu também tentei usar no início, mas nas aulas de jump é muito ruim e se torna praticamente impossível. Então, a gente opta por aulas com bem menos alunos e bem distantes”, afirmou.
Dono de uma academia há três anos, Juniel Goulart disse que, ao início da pandemia, o faturamento caiu 99% por conta do fechamento decretado. Agora, ele percebe uma leve melhora e cita que pelo menos 10% dos frequentadores usa máscara.
“Não é obrigatório, então vai da opinião de cada aluno. Tem uns que usam, mas como existem treinos que demandam muito força, fica praticamente impossível para o aluno aguentar”, esclareceu.
Nesta semana, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) comentou sobre o assunto e esclareceu sobre as dificuldades em fazer atividade física com o item. Mesmo assim, ele recomendou que as pessoas que aguentarem fazer exercícios com a máscara, que assim o façam, para se protegerem mais.