Nesta quinta-feira (19), as ruas de Ponta Porã ganham cor, fé e tradição com a celebração de Corpus Christi. A data, uma das mais importantes para os católicos no mundo inteiro, marca a adoração ao Santíssimo Sacramento — o corpo e sangue de Cristo presente na Eucaristia. No Brasil, a fé caminha sobre os tapetes coloridos. Em Ponta Porã, quatro paróquias ligadas à Diocese de Dourados celebram simultaneamente às 9h da manhã.
PROGRAMAÇÃO:
Paróquia São José (Centro):
No coração da cidade, a Paróquia São José, conduzida pelos missionários redentoristas, inicia a confecção dos tapetes às 6h da manhã, nas principais vias centrais. A missa solene campal acontece às 9h, em frente ao 11º Regimento de Cavalaria Mecanizado (Quartel), seguida por uma procissão até a Igreja Matriz.
Paróquia São Vicente de Paula (Bairro São Vicente):
Na Paróquia São Vicente de Paula (Bairro São Vicente), sob cuidado pastoral dos padres calabrianos, a confecção dos tapetes começa às 6h30. A missa também será às 9h, reunindo moradores do bairro e fiéis de toda a região.
Paróquia Divino Espírito Santo (Marambaia) :
No Grande Marambaia, a Paróquia Divino Espírito Santo (ordem Diocesana), os tapetes começam a ser montados às 6h, com participação ativa dos movimentos e pastorais. A missa solene está marcada para às 9h, acompanhada de procissão nas imediações do bairro.
Paróquia São Charbel (Centro) – Rito Maronita:
Diferente do rito romano, mas em plena comunhão com Roma e com o Papa Leão XIV, a Paróquia São Charbel segue a liturgia oriental maronita. A celebração será às 18h, com missa e adoração ao Santíssimo Sacramento. Na tradição maronita, não há confecção de tapetes, mas a solenidade é vivida com profundidade espiritual, marcada por cânticos em aramaico, gestos simbólicos e um clima de reverência que convida à contemplação.
ORIGEM:
A Solenidade de Corpus Christi teve início no século XIII, na Bélgica, a partir de visões da freira Juliana De Monte Cornillon, que desejava uma festa dedicada exclusivamente à Eucaristia. Em 1264, o Papa Urbano IV instituiu oficialmente a celebração para toda a Igreja.
No Brasil, a tradição dos tapetes surgiu no período colonial, inspirada em práticas portuguesas, e até hoje reúne fiéis na confecção de caminhos ornamentados por onde passa a procissão com o Corpo de Cristo.
* Colaboração: Wagner Junior – Mtb 2287/MS