Cerrado e restauração em destaque na COP30: a coleta de sementes como vetor da sociobioeconomia

Evento reuniu representantes de governos, organizações comunitárias, sociedade civil e instituições de pesquisa - Foto: Divulgação

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) participou na última terça-feira (11/11) da roda de conversa “Cerrado e Restauração: a coleta de sementes como vetor da sociobioeconomia”, realizada na Casa da Sociobioeconomia, espaço dedicado a debates sobre a sociobioeconomia amazônica durante a COP30, em Belém (PA). 

O evento foi promovido pela Araticum, em parceria com o WWF-Brasil, a Rede de Sementes do Cerrado e o Redário, e reuniu representantes de governos, organizações comunitárias, sociedade civil e instituições de pesquisa para discutir como o fortalecimento da cadeia da restauração pode impulsionar o desenvolvimento sustentável e a ação climática. 

Entre os principais temas abordados, estiveram a necessidade de revisar normas sobre a produção e a comercialização de sementes e mudas nativas destinadas à restauração ecológica e produtiva, bem como a urgência de adotar políticas públicas e incentivos econômicos que valorizem a produção de sementes de base comunitária e o papel das comunidades locais, indígenas e tradicionais nessa cadeia. 

A pasta foi representada pela analista ambiental do Departamento de Florestas da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBio), Marília Viotti. “A coleta e a produção de sementes nativas são a base de uma cadeia que une conservação, geração de renda e conhecimento tradicional. Fortalecer essa rede é essencial para que o Brasil alcance as metas do Planaveg [Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa] e avance na restauração ecológica de forma inclusiva e sustentável”, destacou. 

A atividade reforçou o papel da restauração na redução de emissões por desmatamento e degradação, na captura de carbono e na recuperação de ecossistemas essenciais para a regulação climática, como o Cerrado, considerado um dos biomas mais ricos em biodiversidade e fundamentais para o equilíbrio hídrico do país. 

O debate também dialogou com as pautas centrais da COP30, que tratam de soluções baseadas na natureza, sociobioeconomia, restauração de ecossistemas, resiliência climática e integração das Convenções do Rio. A promoção de cadeias sustentáveis de sementes e a valorização dos saberes locais foram apresentadas como estratégias concretas para enfrentar as mudanças climáticas e impulsionar a transição para uma economia verde e inclusiva. 

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima