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Quem guarda o que não presta, tem o que precisa. Será? Por José Alberto Vasconcellos

Destruição e roubo de agencias bancárias, tráfico de drogas e roubo de cargas de caminhões.

29/12/2018 06h50 – Divulgação (TP)

Há um ditado que diz que “Quem guarda o que não presta, tem o que precisa!” A recomendação vale para qualquer coisa, como roupas, utensílios domésticos, parafusos enferrujados, arruelas, porcas e outras tantas coisas, que se amontoam ao nosso redor, com o tempo.

O pensamento é válido e útil para nos prevenir de alguma dificuldade, como a necessidade de um pedaço de arame para prender a mangueira numa torneira, quando não temos uma braçadeira. Há uma exceção nesse ditado, que é quando a coisa a ser preservada revela-se absolutamente inútil sob qualquer aspecto, nociva para a sociedade e impossível de ser utilizada a qualquer tempo. Como exemplo: o bandido, que de dentro da cela comanda sua quadrilha nas ruas, para perpetrar os crimes de latrocínio ou a execução de pessoas, sejam elas do próprio meio do crime, do seio social ou da segurança pública.

Destruição e roubo de agencias bancárias, tráfico de drogas e roubo de cargas de caminhões.

Essas são as ocupações do recluso tido como “reeducando”, sua atividade, contudo, é driblar Sistema Carcerário e consumir, como hóspede forçado, os impostos que o trabalhador paga para mantê-lo na jaula.

Na defesa do re-aproveitamento (das coisas) esmerou-se Antoine Laurent de LAVOISIER (1743 – 1794), um dos fundadores da química moderna, quando definiu: “Neste mundo nada se perde, tudo se transforma e se aproveita!” A propósito “do tudo se transforma e se aproveita” definido pelo cientista francês, lembramo-nos de uma estória que contava meu avô: “Que um alfaiate de pouca experiência, pegou um capote para reformar e tanto cortou a peça que, no final, conseguiu fazer dele apenas um boné! A despeito da redução do capote, conseguiu um boné?!!!

Quando se trata do ser humano, irrecuperável porque refratário à re-socialização, representando irreversível periculosidade para a sociedade, sem apresentar nenhuma possibilidade de aproveitamento — contradizendo LAVOISIER e a estória do meu avô — catalogado como bandido, precisa ser descartado, porque refratário à re-socialização, que é: “O conjunto de medidas que têm por fim uma re-inserção social e uma readaptação progressiva de um delinqüente.). Bandido não tem cura!

Assim são os escroques, irrecuperáveis e de alta periculosidade, que a despeito de encerrados em celas classificadas como de SEGURANÇA MÁXIMA, conseguem, pela ajuda corrupta de membros da própria carceragem ou através do celular, comandar o crime nas ruas, cujas ações deletérias provocam elevados prejuízos às comunidades atacadas, com os assaltos a bancos, roubos de cargas e o tráfico de entorpecentes em grande escala, somando-se aí, os assassinatos e as mortes por balas perdidas.

Os celerados, a despeito da segregação, com eficiência chefiam verdadeiros exércitos de celerados, que executam todas as ações criminosas determinadas. As quadrilhas comandadas da cela, tem estrutura militar e são fortemente armadas com fuzis. Quando em ação, aniquilam as forças de segurança nas localidades que assaltam, onde, simultaneamente, explodem e roubam várias agências bancárias, abusando do uso de reféns, pouco preocupando-se com a vida deles. Perde-se a conta das viúvas de policiais abraçadas à prole ainda na primeira idade, chorando a perda do marido!

Visto o que acontece e que pode ficar pior, não seria um absurdo pensar-se em contrariar o velho ditado, que recomenda “Guardar o que não presta…”. Para que serve um bandido sanguinário irrecuperável, em depósito numa cela, vivendo às custas dos impostos pagos por quem trabalha, enquanto aterroriza a sociedade com seus asseclas? Pra quê preservá-los, se produzem só desgraças?

Acuada, a sociedade pergunta: — Não seria o caso de se pensar numa forma eficiente para alijar o bandido desta vida terrena, com suporte na “LEGÍTIMA DEFESA DA SOCIEDADE” ou estribado no “ESTADO DE NECESSIDADE” , soluções, tradicionalmente, amparadas pelas leis?

A situação vexatória em que vive a sociedade, sem paixão ou sofismas, clama por uma solução eficaz que possa restaurar a segurança pública; e as sanções fundadas nos princípios legais enfocados da Legítima Defesa e do Estado de Necessidade, seriam os únicos e derradeiros meios para combater e eliminar o crime organizado, que se avoluma, assusta, aterroriza e assassina sem piedade, com deboche das forças de segurança, impotente e esquiva, diante do poder de fogo dos marginais..

Deixar como está para ver como fica, a única certeza é de que ficará pior!

23-12-2018 (4600) Membro da Academia Douradense de Letas.

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Quem guarda o que não presta, tem o que precisa. Será? Por José Alberto Vasconcellos