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domingo, 19 de maio, 2024
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Trabalhadores indígenas de MS estão com dificuldade de comunicação no Rio Grande do Sul

Trabalhadores indígenas que foram atuar na colheita da maçã no Rio Grande do Sul, não estão conseguindo se comunicar com familiares devido à queda de sinal de internet e sinal de algumas operadoras

Embora o Rio Grande do Sul tenha sido devastado por fortes chuvas que acarretaram em inundações, quedas de pontes, falta de energia em diversos municípios, os trabalhadores indígenas que estão na colheita da maçã em três municípios em que a única dificuldade tem sido a comunicação devido à falta de sinal de internet. 

Este ano a Fundação do Trabalho do Estado (Funtrab-MS) conseguiu 8 mil vagas para trabalhadores indígenas durante o período da colheita da maçã, que ocorre entre os meses de janeiro a maio. Parte deles foi enviada para o Rio Grande do Sul e a outra para Santa Catarina, por meio da Casa do Trabalhador. 

O presidente do Sindicado dos Trabalhadores e Assalariados Rurais, Sergio Poletto Vacaria e Muitos Capões, em conversa com o Correio do Estado, explicou que Vacaria recebeu cerca de 5 mil trabalhadores e parte que atuou na variedade da colheita de gala, tendo ficado alguns para encerrar a variedade fuji.

“Acredito que dentro de mais uma semana encerra a colheita desta variedade, então irão retornar para as aldeias. Com relação às enchentes, Vacaria não teve nenhum problema de alagamento, de transbordo de rio, não houve corte de fornecimento de luz nem água. O único problema nosso aqui é com a comunicação. Muitas regiões eles estão com dificuldade de telefone e internet”, disse Poletto.

Com a dificuldade de comunicação, Poletto atualizou a situação a Fundação Nacional dos Povos Indígenas e para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) por conta de familiares estarem preocupados com a situação dos trabalhadores. 

As estradas estão normais, conforme disse Poletto, a situação preocupante está mais na região central do Rio Grande do Sul, no entorno de Porto Alegre.  Como na região nordeste do RS, em três municípios, Vacaria, Bom Jesus e Muitos Capões, os indígenas estão trabalhando em local mais elevado, portanto que não sofreram com as intempéries climáticas que aflige outros locais. 

A reportagem também procurou a Fundação do Trabalho (Funtrab) que informou que tanto no Rio Grande do Sul quanto em Fraiburgo (SC), não foram afetadas pelas chuvas e os trabalhadores indígenas de Mato Grosso do Sul passam bem.

Conforme divulgado pelo Governo do Estado, o salário que os trabalhadores irão receber é de R$ 1.610,40, e ainda contam com alojamento e alimentação. A safra da maçã no país inicia no final de dezembro, sendo que em regiões mais quentes a colheita em locais que de cultivares que não necessitam de frio, é estendida até o início de maio.

Fonte: Correiodoestado